A pausa anunciada por Jão no domingo (19) surpreendeu seus fãs e seguidores. Em entrevista ao Fantástico, o cantor, visivelmente emocionado, revelou seu desejo de dar um tempo na carreira. “Quero virar um fantasma… Quero curtir as coisas, sabe?”, disse ele, enfatizando que ainda não havia uma data definida para seu retorno aos palcos. Em seguida, Jão refletiu sobre sua trajetória. “Sempre subo no palco pensando que talvez possam tirar isso de mim a qualquer momento. Foi tão difícil chegar até aqui. Depois de quatro álbuns e sete anos, conquistei isso. Mas, ao mesmo tempo, minha criança tem medo de alguém dizer: ‘Era só isso. Acabou. Pega suas coisas e vai embora’”, explicou.
O anúncio de Jão gerou uma reação de Roberta Miranda, que, aos 68 anos, não hesitou em comentar sobre a situação. Em um texto publicado nos comentários do Portal Léo Dias, a cantora fez uma análise crítica sobre o que considera uma fragilidade psicológica presente entre muitos artistas da nova geração. Segundo Roberta, os “novinhos” da música não estão conseguindo lidar com a pressão da carreira e com as expectativas. “Geração bolha de sabão… apertou, explode! Uma pena ver tantos jovens querendo ficar longe dos palcos”, lamentou a cantora.
Roberta, que iniciou sua carreira há mais de 40 anos, também relembrou as dificuldades que enfrentou no começo de sua trajetória, quando a indústria musical era bem diferente da atual. “Não havia investidores. Palcos eram tablados sem qualquer sofisticação, iluminação era escassa… som então, nem se fala. O que restava era TALENTO, GOGÓ, RAÇA E AMOR À ARTE!”, escreveu, destacando que, na sua época, a dedicação e o esforço eram os maiores responsáveis pelo sucesso. “Vamos fazer o que fiz, meninada! 30 shows em um mês por 12 anos consecutivos. E 5 em um dia”, acrescentou, lembrando sua rotina extenuante de apresentações.
Apesar de sua crítica à nova geração, Roberta deixou claro que não estava fazendo um julgamento pessoal sobre Jão, mas sim refletindo sobre o contexto atual da música. “Não é só o Jão, é esta nova geração! Fico com o coração apertado porque vejo muitos jovens adoecendo”, afirmou, demonstrando sua solidariedade em relação ao sofrimento dos novos artistas. No entanto, destacou seu respeito pela música contemporânea e sua disposição para aplaudir esses novos talentos. “Estou aqui para aplaudir essa meninada”, concluiu.
Ao final, Roberta fez um apelo aos jovens artistas: “Mas… enfim, descansem mesmo! O tempo voa!”, reconhecendo a importância de cuidar da saúde mental em uma carreira tão exigente.
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